Chamada de Artigo

Justiça Climática: Desafios e Perspectivas para a Sociedade Brasileira

23/04/2024

23/10/2023 a 30/04/2024

A Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (EDEPE), o Centro de Estudos Jurídicos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (CEJUR) e a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira (ENFAM) e a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) convidam pesquisadores, acadêmicos, profissionais e demais interessados a contribuírem com artigos para os Cadernos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que terá como tema a Justiça Climática: Desafios e Perspectivas para a Sociedade Brasileira

Esta iniciativa tem como objetivo promover o debate sobre a relação entre justiça climática e direitos humanos, enfatizando a colaboração de todos os setores da sociedade para uma resposta eficaz e coordenada ao atual colapso socioambiental em andamento.

Trata-se de uma publicação interdisciplinar que abrange diferentes abordagens teóricas e metodológicas, considerando a natureza abrangente da emergência climática e seus efeitos multifacetados.

    São bem-vindos artigos que abordem as seguintes temáticas relacionadas à justiça climática:

    1. Emergências climáticas e desastres socioambientais:

    • Abordagem dos direitos humanos, meio ambiente e emergências climáticas.
    • A relação entre a pandemia da COVID-19 e a destruição maciça dos ecossistemas globais.
    • Direitos das pessoas afetadas por desastres ambientais.
    • Direitos da natureza.
    • Protocolos de atuação emergencial e de prevenção em situações climáticas.
    • Racismo ambiental e suas interseções com a justiça climática.
    • Ecofeminismo e suas contribuições para a abordagem das mudanças climáticas.

    2. Direito Climático:

    • A dimensão normativa multinível da proteção climática.
    • Fundamentos, fontes e princípios do Direito Climático.
    • Direito Internacional e Direito Constitucional Climático.
    • Lei da Política Nacional sobre mudança do clima e legislação infraconstitucional.
    • Análise das agendas políticas nas Conferências do Clima.
    • O reconhecimento do direito autônomo à integridade climática.
    • Descolonização do direito e alternativas ao desenvolvimento.
    • Integração da justiça climática nas estratégias de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

    3. Políticas Públicas e Justiça Climática:

    • Bases científicas das políticas públicas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
    • Perspectivas para uma transição energética justa.
    • Segurança hídrica e as implicações das mudanças climáticas.
    • Direito humano à água e esgotamento sanitário.
    • Salvaguardas dos povos tradicionais extrativistas.
    • Economia circular e mudanças climáticas.
    • Controle social das políticas estatais climáticas.
    • Participação efetiva das comunidades afetadas nas decisões e processos relacionados à adaptação e mitigação climáticas.

    4. Responsabilidade socioambiental das empresas e instituições públicas:

    • Instrumentos jurídicos e mecanismos de responsabilização.
    • Experiências e estudos de caso sobre boas práticas e desafios.
    • A abordagem dos direitos humanos na relação entre empresas e a emergência climática.
    • As novas Diretrizes de Direitos Humanos para Multinacionais da OCDE.
    • Finanças sustentáveis, direitos humanos e desenvolvimento internacional.

    5. Desmatamento e justiça climática:

    • Impactos do desmatamento na intensificação das mudanças climáticas.
    • Análise das causas e consequências sociais e ambientais do desmatamento.
    • Políticas e estratégias para combater o desmatamento e promover a justiça climática.
    • Experiências de preservação e restauração de florestas como meio de mitigação das mudanças climáticas.
    • Políticas de regulação e controle dos agrotóxicos e seu papel na promoção da justiça climática. Alternativas agroecológicas.
    • Análise das interseções entre democracia, colonialismo, neoliberalismo e desmatamento no contexto das mudanças climáticas.

    6. Litigância climática brasileira e no direito comparado:

    • Estudo de casos concretos de ações judiciais relacionadas às emergências climáticas.
    • Análise comparativa das abordagens e resultados da litigância climática em diferentes países.
    • O giro dos direitos humanos no litígio climático.
    • Demarcação das terras indígenas e litigância climática.
    • Novos instrumentos jurídicos de sustentabilidade e promoção de justiça climática.

    7. A atuação das instituições de justiça na defesa da justiça climática:

    • Exploração do papel e das estratégias das instituições de justiça na busca pela justiça climática.
    • Medidas para fortalecer o acesso à justiça ambiental e climática.
    • Fortalecimento das instituições para a proteção das comunidades vulneráveis.
    • Boas práticas e experiências bem-sucedidas na promoção da justiça climática.