Defensoria Pública e entidades apelam a ONU e CIDH por fim da Operação Escudo e obrigatoriedade de câmeras corporais
Documento pede garantia de perícia e investigação independente, célere e imparcial sobre as mortes decorrentes da operação
Defensoria e entidades argumentam que uso de câmeras corporais resultam em diminuição da letalidade
A Defensoria Pública de SP, por meio de seu Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH), em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, enviou para a Organização das Nações Unidas (ONU), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Alto Comissário para Direitos Humanos na América do Sul um documento com informações e pedidos a respeito da intitulada Operação Escudo. Entre os apelos feitos no texto, os signatários pedem que seja demandado ao Estado brasileiro que cesse imediatamente a operação, evitando a escalada da violência, e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por agentes de segurança pública.
A Defensoria e demais autores do documento apresentam um histórico da denominada Operação Escudo, deflagrada no ano passado e retomada em 2024, ressaltando a morte de ao menos 9 pessoas entre 20/01 e 09/02. O NCDH obteve acesso a boletins de ocorrência referentes a 7 vítimas.
Os autores pedem, entre outras solicitações, que os órgãos internacionais questionem o Estado brasileiro sobre os eventos ocorridos durante a operação, especialmente no quanto às mortes ocorridas em Guarujá, São Vicente e Santos, além da devida apuração e adoção de medidas administrativas quanto aos envolvidos.
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